Todo tipo de ambiente influencia em nosso desenvolvimento: para melhor ou para pior. A diferença é se o ambiente é colaborativo (positivo) ou nocivo (negativo).
Vamos ao detalhe. No ambiente nocivo, temos a falta de regras claras, o excesso de vaidade e ciúmes em relação a resultados (aparentes) e praticamente uma barreira em relação ao desenvolvimento de ações e soluções práticas. Em todo esse ambiente impera a sensação de permissividade perversa, onde o que importa são ações isoladas de alguns em detrimento de ações conjuntas e de melhoria para todos.
Já dentro de um ambiente colaborativo, temos o desenvolvimento do que chamamos de melhores práticas, que são as ações positivas. Mas o que é uma ação positiva? Simples, caríssimos gafanhotos, são nossas atitudes em prol dos outros. Podemos chamar de serviço. Servir para ser servido. Fazer para o outro aquilo que gostaríamos que fizessem para nós. Essa simples teoria (tem mais de dois mil anos, pertence às escrituras da Bíblia, Jesus) promove um ambiente de alta colaboração, capaz de remover crises tidas como impossíveis por outros ambientes. Com as ações em prol do seu colega, chefe, estagiário (mesmo aquele que pergunta sempre a mesma coisa, parece que “arranhou o disco”), lixeiro, porteiro, etc., sendo sempre positivas, para auxílio, ajuda, colaboração, o ambiente flui de forma natural, sem solavancos, caras feias, falta do que fazer. Todo ambiente desse tipo, colaborativo, possui regras claras e bem definidas, onde o mais importante são resultados positivos que estimulem a todos, ao conjunto. Não há espaço para animais soberbos (faisões ou pavões), ações para resultados isolados de um só indivíduo. O coletivo, a verdade, a regra clara e cristalizada na colaboração real dá resultados.
(...)
Agora, como desenvolver nossas capacidades dentro de um ambiente nocivo? Como passar pelo turbilhão de barreiras que são impostas dentro de um ambiente sem regras claras, sem direcionamento a resultados, sem gestão? Onde é permitido que indivíduos usem de trapaça, de fofoca, de práticas espúrias? Onde se tenha uma verdadeira quadrilha voltada à manutenção desse tipo de ambiente?
Em primeiro lugar, se você chegou a essa conclusão (está dentro de um ambiente nocivo), meus parabéns. Existem pessoas que passam anos a fio dentro de um ambiente desses e não se dão conta do tempo que estão perdendo e das possibilidades de aprendizado que estão deixando passar.
Agora, para se desenvolver nesse ambiente, saiba que você é o peixe fora da água. Identifique claramente suas atividades, posicione-se claramente em relação à postura que vai manter e, eventualmente, prepare-se para clamar aos deuses para se manter no trabalho. Sempre que for ameaçado, seja claro e direto com sua diretoria (ou gerência) e fundamente suas ações. Seja direto. Mostre que está aí para se desenvolver, para efetuar um bom trabalho.
O que mais você pode fazer? Simples. Passe a observar o ambiente. As pessoas. Veja como elas estão perdidas mesmo com tarefas determinadas. Muitas simplesmente não cumprem o planejado, se acham “intocáveis” por diversos motivos. A tarefa que você deverá desenvolver será a pura e simples
observação. Analise cada pessoa em relação ao que diz versus o que faz versus o que escreve. Saiba que ninguém mantém um personagem por muito tempo. Essas características, uma vez analisadas, vão lhe garantir novos aprendizados. Como “não fazer” tal coisa. Como “não agir” com as pessoas. E
por aí vai.
Saiba que o ambiente positivo será sempre menos cansativo que o nocivo. No nocivo, gastamos energias vitais em observar as pessoas, em observar o ambiente, em elucubrar [sobre] o que poderá nos prejudicar, etc. No positivo, colaborativo, essa energia vital será gasta em tarefas nobres, como o desenvolvimento de um novo produto, no desenvolvimento de um novo estagiário. Garanta agora o início de um bem-estar a mais para você. Comece com um simples “bom-dia” quando chegar ao trabalho ou até quando acordar, com as pessoas de casa. Problemas existirão sempre, mas só se manterão [...]
se não tiverem solução. [...]
Então, a melhor forma de agir será sempre com o foco em servir: servir para ser servido.
ANUNCIAÇÃO, Marco. Ambientes colaborativos
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
AMBIENTES COLABORATIVOS
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