Dôri Brandão um dos organizadores do grupo dos Ignorantes, um dos mais antigos de espadeiro de Senhor do Bonfim, afirma depois de muita discussão que este ano seu grupo não irá para as ruas na Guerra de Espadas, isso porque depois de firmada uma resolução através da promotoria pública de justiça que impede os espadeiros de soltar a mais famosa espada de Cruz das Almas, Dori resolveu obedecer. Odorivaldino Brandão, popularmente conhecido como Dori pelos amigos, aposentado amante das guerras de espadas falou: “ será a primeira vez que eu não irei participar de uma guerra, isso é de cortar meu coração, mas não quero que ninguém chegue em minha casa para chamar minha atenção, mesmo não aceitando essa imposição da justiça . Ensinamentos de Dôri – “Olá guerreiros este é o momento de se divertir de maneira segura, com todos os aparatos necessários, como: luvas, capacetes, máscaras, botinas e roupas grossas, e sempre respeitando a integridade física dos participantes e dos observadores. Não admito que coloquem as espadas na boca, na cintura, não deixo que soltem no meio do grupo e nas pessoas que passam pelo local no momento do Show, pois não quero que se machuquem e nem machuquem ninguém”, afirma Dôri. Histórico de Dôri Dôrí Brandão, presidente dos Ignorantes, um dos maiores grupos desses “guerreiros” em Bonfim, de números: “O grupo tem 30 anos de estrada,o trajeto sai de sua casa na Praça Austricliano de Carvalho tendo uma concentração 300 pessoas, entre amigos e turistas, o grupo só vai às ruas com aproximadamente 100 espadeiros. Dôri relata que ano passado o seu grupo investiu aproximadamente R$ 25.000.00( Vinte cinco mil reais) sorriu dizendo que esse dinheiro daria para comprar um carro popular. Boas lembranças – “O ex-prefeito José Leite pediu certa vez para que o nosso grupo defendesse a sua fogueira e acabou desistindo de última hora. Achou que a gente só defendia se tivesse uma grande quantidade de espadas, que ele não ia dar. Foi aí que, em resposta, o nosso grupo se deslocou da nossa sede e foi buscar a dita fogueira, que ficava na Rua Irecê, e pegamos todos os prêmios de valor”. O nome de cada prêmio estava escrito em pedacinhos de papel e colocados em caixinhas de fósforo. “A batalha foi cruel, mas nossa turma abriu caminho e faturou”. Dôri afirma que a diferença de Bonfim pra Cruz das Almas é que “Bonfim tem dia e hora, coisa que Cruz das Almas não tem”, finalizou. Por Pedro Castor – Profissional de Marketing
0 comentários:
Postar um comentário